Realmente os Estados Unidos é um grande país, sem dúvida uma nação fundamental para o desenvolvimento da
humanidade, das ciências, da cultura, enfim da formação da civilização moderna.
Mas volta e meia atentados terroristas como ocorrido na Maratona de Boston, pessoas
armadas atirando a esmo nas universidades, carta com veneno letal enviada ao
presidente Obama, explosões em uma fábrica no Texas... Enfim, o clima de
insegurança e medo sempre acompanha o povo norte americano.
A história nos ajuda a entender um pouco melhor
tudo isso, os EUA é uma nação forjada por guerras. Sempre foi um povo bélico e
extremamente combativo, envolvidos em conflitos militares e luta pelos direitos
humanos e idéias democráticos que os mesmos defendem.
Os grandes conflitos militares do século XX sempre
contaram com a participação dos EUA, desde a II Guerra Mundial até a mais
recente “guerra contra o terror” que teve como campo de batalha o Iraque e o
Afeganistão. Isso para não falar em sua estratégica participação nos conflitos
intermináveis entre judeus e palestinos.
Assim podemos trazer uma reflexão para o Brasil que
será palco de grandes eventos esportivos nos próximos meses. Sempre fomos
considerados um país “ pacífico” na diplomacia internacional, mas isso não deixa
o país imune e a pergunta é: Será que temos segurança para garantir a paz dos
torcedores na Copa das Confederações, na Copa do Mundo e nos Jogos
Olímpicos?
Segundo dados da Agencia Brasil, o plano de segurança da Copa do Mundo de 2014 será
dividido em 15 áreas e vai custar cerca de R$ 1,170 bilhão ao governo federal,
dos quais 75% será para a compra de equipamentos e o restante para o custeio do
sistema. Na copa da África do Sul em 2010 foram gastos R$ 800 milhões de reais
com segurança. Em Londres 2012 foram gastos aproximadamente R$ 862 milhões de
reis (cotação da libra esterlina 19/04) e no Rio a previsão é de R$ 1,38 bilhão
de reais.
Realmente os valores investidos
são significativos, lembrando que a maioria deles é oriundo de
recursos públicos (o meu, o seu, o nosso dinheiro). Sendo assim, o
controle e a boa gestão devem ser as premissas básicas para esse dinheiro e que suas ações possam deixar um legado ao povo brasileiro (mas tenho minhas dúvidas).
Para finalizar nossa reflexão de hoje não podemos deixar
de atestar a eficiência da inteligência e das autoridades de defesa norte
americanas. Poucas horas depois dos atentados, suspeitos são encontrados,
presos e mortos, o próprio presidente Obama foi taxativo “os culpados serão
punidos” e foram. Isso mostra como os americanos são intolerantes contra atentados ao
seu povo, gostem ou não os críticos, a melhor forma de ação diante de um
problema é agir com tempestividade e extirpá-lo.
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Obs: Para complementar a nossa reflexão sobre
gestão pública e segurança, em matéria do jornal O Globo sobre gastos com
segurança pública no Brasil intitulada "O Brasil gasta mais com segurança
que países desenvolvidos" o secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o
sociólogo Renato Lima afirma: "O Brasil gasta muito, mas gasta muito
mal. Não conseguimos reduzir as taxas de violência e nem garantir direitos. O
Estado brasileiro não está dando conta do recado”.
Dados da mesma matéria apontados pelo
fórum mostram que estados e governo federal gastaram 1,36% do PIB (Produto
Interno Bruto) com segurança em 2009 e o país registrou uma taxa de 21,9%
assassinatos por grupo de 100 mil habitantes. Na Alemanha e Espanha os gastos
foram, respectivamente, 1,2% e 1,3% do PIB com segurança em 2009 e apresentaram
taxas de, respectivamente, 0,8% e 0,7% por grupo de 100 mil habitantes. E nos
EUA o gasto é de 2,3% do PIB e a taxa de assassinatos é de 5,3%
Defendendo ideais democráticos e direitos humanos????
ResponderExcluirVocê como bom economista deve saber que essa nação é movida por necessidades objetivas e não ideais.
Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
Sobre uma notícia recente:
"EUA fizeram lobby pró-censura durante governo militar"
http://www.brasildefato.com.br/node/12709
Caro Igor, os EUA é um país soberano na defesa de seus direitos militares, assim como fez a URSS com suas "colônias" comunistas que lutavam por independência do regime.
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