Essa semana uma das personalidades mais importantes do século XX faleceu
na Inglaterra, Margaret Thatcher. Ela foi primeira ministra do Reino Único
(primeira mulher a assumir o cargo), mas foi muito pouco delicada em suas
convicções. Mag como era chamada foi implacável contra sindicatos, o estado grande, a ineficiência e o socialismo. Contra os
argentinos em defesa das ilhas Falkland (Malvinas para os hermanos) foi simplesmente arrasadora. Suas idéias e ações consolidaram o
neoliberalismo que geraram efeitos de prosperidade e crescimento para Inglaterra e seus parceiros, principalmente os EUA, o “Tatcherismo” foi vitorioso.
Agora vamos sair um pouco da Europa e aportar na “incompetente America
católica”, especificamente no Brasil, onde o principal assunto do momento é
o.... Preço do tomate! De Thatcher para o Tomate! Pois é meus caros amigos o
preço do tradicional componente da típica salada brasileira sofreu uma abrupta
variação nos últimos 12 meses de 122% (segundo IBGE), algo realmente espantoso. O tomate ficou
tão cobiçado que até uma apresentadora de um programa matinal da Rede Globo
usou um “colar de tomate”. Tomates me mordam!
Complementando a história do aumento de preços, o IPCA que serve de base
para o controle de metas de inflação do Banco Central, entretanto o mesmo estourou o teto da meta na última previa, chegamos aos
6,59% (excesso de +0,09%) no acumulado dos últimos 12 meses. O governo aponta
muitas justificativas para esse “estouro”, choque externo, sazonalidade, efeito
elevação da taxa de câmbio, problemas com a seca e as despesas de inicio de
ano... blá, blá... blá.
Como a leniência desse governo com a inflação é muito grande (os
velhos desenvolvimentistas) o que se apresenta nesses tempos modernos é que o atual Ministro da Fazenda é
mais ouvido que o presidente do BACEN quando o assunto é inflação, o Tombini é uma
espécie de “apito mudo” e muito do problema está ai.
Um banqueiro central deve possuir uma postura independente e austera,
não deve se inclinar por interferências políticas ou partidárias, deve fazer o
seu trabalho, ser o guardião da moeda. Ele é um formador de expectativas, para
o bem e para o mal. Pensar que um país pode conviver com um novo patamar
inflacionário e jogar a sua credibilidade fora por um claro e notório arroubo
populista pode custar muito caro
para um país como o Brasil.
Agora que chegamos do Tomate para o Tombini vamos retornar para Thatcher... A vida da primeira ministra foi tema de filme em 2011, em uma das cenas iniciais do belíssimo filme “A Dama de Ferro” magnificamente
interpretado por Meryl Streep, a velha Mag chega a um mercadinho e fica
assustada com o preço do leite e comenta com o seu marido imaginário Denis
Thatcher “o preço do leite está subindo muito isso é um absurdo”.
Assim como a velha Mag muitas pessoas estão assustadas com o preço dos alimentos (tomates e
outros bens), mas como a nossa presidente não se preocupa muito com isso acho
que não seremos capazes de observar tamanha tenacidade como a da Dama de
Ferro em defender suas posições
em prol do seu país e em nome um futuro melhor com ganhos
reais, eficiência, produtividade, liberdade empresarial e soberania para
escolher o melhor remédio, mesmo que no curto prazo seja amargo.
No no no Euro!
Disse Thatcher no último parágrafo do seu
discurso em defesa da Libra Esterlina (moeda inglesa) para não aderir à moeda
única européia (o atual Euro).
“Não. Não. Não.
Talvez o Partido Trabalhista (PT
Inglês) diga todas essas coisas facilmente. Talvez fosse concordar com uma
moeda única e abolição da libra esterlina. Talvez ele (o PT), sendo totalmente
incompetente em questões monetárias, teria todo o prazer de entregar a
responsabilidade total para do banco central ao FMI. O fato é que o Partido
Trabalhista não tem competência em gestão de dinheiro e nenhuma competência
sobre a economia. Sim, querida direita. Gentleman (líder do PT na câmara dos
comuns) ficaria feliz em entregá-lo todo. Qual é o ponto de tentar se eleger ao
Parlamento só para entregar a esterlina e os poderes desta Casa para a Europa?
Gentleman vai entender que em breve melhor o que estou falando”
– E veio a crise do Euro e a Inglaterra
manteve a Libra! Uffa!
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