Deveria ter comprado essa ação?!
Comprei, mas o mercado caiu, mas porque não limitei minha perda (stop)?! Ou fiz uma venda e o mercado
subiu... (Minhas ações da OGXP3... OMG!). Realmente a sensação de ter feito
o que era errado quando o assunto é mercado de ações é muito comum... Mas como
entender o erro?
De acordo com os operadores de mercado
financeiro profissionais, no mínimo, cinqüenta por cento do trade (operações) tem componente mental-emocional.
Pesquisas realizadas sobre o mercado financeiro mostram que manter a disciplina
mental adequada e o controle emocional são fundamentais para o sucesso.
O excesso de emoções quando se realizar
um trade impede o profissional e/ou amador
(mais ainda) de pensar claramente e ver nitidamente. A emoção pode paralisar a
ação, mantém uma distancia entre o que se deve fazer e que realmente se quer
fazer e pode lhe conduzir a fazer coisas que você realmente não faria em
condições normais de temperatura e pressão – Atenção ao Efeito Manada!
Pensamentos positivos ou negativos
sobre um evento determinam a resposta emocional ao evento. Pensamentos
automáticos (calculados) para tudo que acontece nas finanças pode fazer com que
se reduza a ação das emoções sobre os atos. Entretanto os pensamentos
automáticos são pouco confiáveis e com base em informações erradas ou erros
de mensuração. Erros cognitivos são formas de pensamento com base nessas
suposições equivocadas.
Realizando algumas pesquisas sobre
finanças comportamentais e os avanços em pesquisa econômica e psicologia,
encontrei alguns aspectos importantes dos erros cognitivos mais comuns entres
os trader’s (operadores de
mercado/investidores).
Obs:
Lembrando que não sou psicólogo, apenas um economista bem curioso!
Vamos aos erros:
1. Raciocínio emocional. [Quando
alguém assume que as emoções negativas refletem necessariamente a maneira como
as coisas realmente são. Por exemplo, um trader
declarou: "Minhas emoções e minha ganância de ganhar dinheiro ficou no
caminho e distorcida pelo juízo"]
2. Pensamento tudo-ou-nada. [Por
exemplo, se o desempenho de um trader
está aquém do ideal se vê a si mesmo como um fracasso total.]
3. Generalização. [Por exemplo, se um trader (operador) não faz bem um trade (operação), ele acha que não é bom
em qualquer outra coisa ou seja, ações, opções, futuros e etc]
4. Conclusões precipitadas. [Por
exemplo, quando um trader não tem
tempo para sentar-se calmamente com os gráficos/balanços, a fim de sintonizar e
fazer uma abordagem mais apurada, sem uma análise de pormenores.]
5. Filtro mental. [Por exemplo, quando
o trader escolhe um único mês negativo
da negociação e debruça sobre ele exclusivamente para que o seu / sua visão de
toda a realidade se torna escura.] – Cuidado com Maio! "Sell in may and go
away"
6. Catastróficos. [Quando o trader prevê que ele vai à falência se
continuar a negociação.]
7. Rotulagem e tachar. [Por exemplo,
quando atribui rótulo negativo, como: "Eu perdi essa operação, devo ser
estúpido". ]
8. Desqualificando o positivo. [Quando
o comerciante rejeita negociações positivas anteriormente devido a uma linha
recente de operações negativas.]
9. Ampliação ou minimização. [Quando
se exagera ou minimiza-se em suas escolhas. ]
10. Pensamentos adaptativos. [Quando
um profissional se concentra apenas em operações negativas recentes e aquilo
determina o novo padrão dos negócios.]
Estudando essas coisas neurais cheguei
na “Amígdala cerebelosa”, e descobrir
que a mesma desempenha um papel fundamental no processamento das emoções (medo,
ganância, prazer, ansiedade, aversão à perda, depressão, etc) a “Amígdala” é um conjunto de amêndoas em
forma de neurônios localizados no lobo temporal do cérebro.
Quando essa região funciona de forma
anormal (desequilibrada) o resultado são que os seus neuro-transmissores em
função de uma perda de dinheiro ou desprazer, processa o seu prejuízo para o
córtex. O córtex controla os pensamentos criativos, tira conclusões e faz
previsão... Assim podemos entender porque é muito comum quando se toma um fora
de uma garota (insucesso), dificilmente se tenta procurar outra garota na mesma
festa, ou seja, o insucesso momentâneo lhe impede de continuar tentando.
Como podemos corrigir erros
cognitivos? A resposta é: redirecionando
a amígdala. O objetivo da terapia do recondicionamento cognitivo é remover
preconceitos ou erros em pensar, assim as operações podem funcionar de forma
mais eficaz. O objetivo é redirecionar os pensamentos e mitigar emoções que
geram inconstâncias de comportamento diante de adversidades.
Traduzindo da forma
que entendi, devemos registrar os acontecimentos, falar o que se sentia no
momento da operação, o seu grau de conforto ou desconforto. Claro que não temos
tempo durante uma operação de fazer tantas anotações, mas uma sugestão seria um
questionário objetivo sobre o “sentimento do ato”: a) Sinto-me confortável nesse
trade/ b) Parcialmente confortável/
c) Totalmente instável emocionalmente (mas vale o risco) e assim por diante...
O recondicionamento dos pensamentos não
é uma tarefa fácil, não apenas nas operações de mercado, mas na vida, mas pode
ser alcançado se as práticas forem cumpridas o que requer uma disciplina mental
considerável. Assim fazer avaliações dos pensamentos é o primeiro passo.
O processo de recondicionamento é importante, pois ele é capaz de identificar e mitigar erros cognitivos. Isto irá levar a
um melhor desempenho tanto das atividades do mercado quanto do comportamento do dia-a-dia. Com esta dicas de auto-reprogramação e recondicionamento os estudiosos
garantem que o ganho de auto-confiança e a sensação de auto-merecimento se
amplia, assim o êxito em suas atividades pode se tornar mais consistente.
“Nada como uma nova atitude diante de
velhos problemas para se construir respostas insofismáveis”
Referências
Bibliográficas:
DURAN, Kelly
Marion, VENANCIO, Lauro Ramos & RIBEIRO, Lucas dos Santos. Influência
das Emoções na Cognição (2004).
CALLEGARO,
Marco Montarroyos (2005) A neurobiologia da terapia do esquema e o
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cogn. v.1 n.1 Rio de Janeiro.
SHLEIFER, A. (2000). Inefficient Markets: An
Introduction to Behavioural Finance. Oxford, U:
Press, Oxford.
SMITH,
E. D., Son, Y. J., Piattelli-Palmarini, M. and Bahill, A. T. Ameliorating mental mistakes in tradeoff
studies, Systems Engineering (2006).
KAHNEMAN, D.
and TVERSKY, A. (1979). Prospect Theory: An Analysis of Decision Under
Risk, Econometrica, 47, 263-291.
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