Já
faz dois anos e meio desde o fim oficial da crise de 2008 que mais de 13
milhões de pessoas permanecem desempregadas nos EUA, mais de 40% deles por mais
de seis meses e quando você adiciona os subempregados (empregos temporários e
de não caráter formal e flexível), o número chega a quase 24 milhões.
Segundo dados do
conservador e austero Bureau of Labor Statistics: “The unemployment rate, at 7.5 percent,
changed little in April but has declined by 0.4 percentage point since January.
The number of unemployed persons, at 11.7 million, was also little changed over
the month; however, unemployment has decreased by 673,000 since January.”
Em resumo o desemprego na terra do tio Sam retornou aos
padrões pré-crise de 2008, o menor nível desde dezembro daquele ano. O gráfico da figura A (abaixo), ficou muito famoso ao
comparar o tempo que leva a perda do emprego em recessões recentes e em quanto
tempo ele se recupera, retornando aos padrões normais, ou em equilíbrio pré-crise
(neste caso, as recessões de 1981, 1990, 2001 e a de 2008 – A grande
recessão, termo usado pelo instituto de pesquisa americano). Ele é eficaz em
mostrar o quão devastadora foi à perda no mercado de trabalho em padrões
históricos.
Quatro
anos desde o início da crise do subprime,
em dezembro de 2007, o mercado de trabalho ainda tem um déficit muito maior de
empregos como em relação aos anos de pré-crise do que em qualquer outro momento,
mesmo durante a profunda recessão do início da década de 1980.
No
outro plano temos a figura B (abaixo) que compara o comportamento pós-recessão,
até o seu final. Uma coisa interessante que acontece quando o valor é
re-orientado para comparar o crescimento do emprego a partir de recuperação em
vez de no início da recessão. Ao contrário da comparação recessão permite uma comparação
entre o desempenho da economia na fase de recuperação após cada recessão,
servindo como um direcionador de expectativas.
Olhando
para a esquerda da linha pontilhada, vê-se que o emprego caiu muito mais longe
e mais rápido durante a crise de 2008 que em recessões anteriores. Mas olhando
para a direita da linha pontilhada, torna-se claro que o crescimento do emprego
não é muito mais fraco que na recuperação atual: ele só fica um pouco atrás do
crescimento do emprego após a recessão de 1990 e é realmente mais rápido do que
a recuperação após a recessão de 2001 (e note que é ainda mais forte quando se
considera o único trabalho do setor privado).
A figura
B destaca que a principal diferença entre essa recuperação e os dois últimos é
a sua duração e a gravidade da recessão. Estes resultados rejeitar
reivindicações populares que a criação de empregos está sendo retidos pela nova
regulamentação ou de incerteza por parte das empresas sobre a política fiscal
ou a reforma do seguro de saúde. Se isso fosse verdade seria de esperar para
ver o crescimento muito mais lento.
O problema-chave
na economia atual está na depressão da demanda por bens e serviços, que se traduz
em demanda reprimida para os trabalhadores e das expectativas dos empresários (vem se recuperando). O Mercado de trabalho dos EUA
permanece extremamente fraco, mas vem apresentando variações muito positivas em
relação ao estado anterior (n-1). Mesmo a taxa de crescimento do emprego em
dezembro de 200 mil novos posto, que foi amplamente aplaudido pelos democratas,
entretanto teria que se esperar até 2019
para voltar para o “pleno emprego” da mão-de-obra. Políticas agressivas para
criar postos de trabalho deve ser a prioridade dos próximos anos do governo
Obama, o que vai beneficiar por efeito transmissão o Brasil, a Europa principalmente
e o resto do mundo!
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