sábado, 2 de fevereiro de 2013

"Inflação aleija, câmbio mata"


Como dizia o ex-ministro Mario Henrique Simonsen "Inflação aleija, mas câmbio mata". Infelizmente no atual cenário conjuntural da economia nacional a inflação da sinais que não ficará dentro da meta de 4,5% a.a do IPCA e a taxa de câmbio essa sim não sabemos mesmo para onde vai, dado alguns "confusos" sinais do governo nessa semana.

O governo argumenta que vivemos um regime flutuante, mas desde meados do ano passado por pressão de  alguns setores da economia (leia-se indústria nacional)  o Real se desvalorizou mais de 30% no ano de 2012 em função de medidas tarifarias e leilões promovidos pelo Banco Central, para completar a inflação fechou o ano em 5,84%.

Agora vamos fazer uma pequena reflexão sobre o que pode acontecer:

1- A inflação da sinais de descontrole, pois os preços internacionais e o aumento recente dos combustíveis deve continuar a pressionar os preços, entretanto a redução do custo da energia pode compensar tais efeitos, assim espero!

2- Com a taxa de desemprego no seu menor patamar 4,6%, o setor de serviços deve sofrer nova pressão e continuar empurrando os preços "to up!"

3- O real desvalorizado, como deseja o governo, eu acho, não sei... acredito que sim, até o momento.../ O real desvalorizado é ruim para controlar a inflação, pois torna os produtos importados mais caros em relação aos internos (não vamos entrar do debate da questão comercial, competitiva ou de balanço de pagamentos).

4- A taxa de juros básica (SELIC) está no seu piso histórico 7,25% a.a. o que promove certo risco inflacionário.

5- Nossa taxa de investimento não passa de 20% do PIB. Desestimulando e muito, na minha visão e do amigo e economista Denis Paiva, a variação de crescimento do produto.

6- A taxa de crescimento do PIB em 2012 não deve ser maior que 1% (estimativas)

EM RESUMO: Vamos torcer para que o governo consiga se encontrar em suas decisões de politica monetária, fiscal e principalmente cambial. Mas confesso que estou bastante cético no controle da inflação para esse ano de 2013, entretanto podemos ao final do ano comemorar uma variação do PIB maior, mas uma redução em seu efeito real, para efeito de comparação é a mesma sensação de colocarem "água no seu chopp".

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