sábado, 9 de março de 2013

Conclave, Chávez e Chorão.



Realmente uma semana bastante movimentada, muitos acontecimentos e impactos para serem entendidos e desdobrados em um futuro próximo. Sem dúvida um dos mais importantes é a formação antecipada do conclave e a renuncia do papa Bento XVI em meados do nosso carnaval, posteriormente a “morte” do presidente da Venezuela e o desaparecimento do nosso querido Chorão da banda Charlie Brown Jr. 

Na minha visão, a igreja católica está sem um rumo, sem uma definição dos fatos e dos acontecimentos modernos há um bom tempo, o fato de se ter um novo papa, pode ou não mudar isso, mas acredito que não teremos nada de novo, apenas uma nova conta no Twitter, pois a gestão de Bento XVI foi inócua e morna para os atuais desafios da igreja na atualidade.

O militar venezuelano Hugo Chávez é um marco na história do populismo moderno da pobre América latina, dotado de uma personalidade bastante egocêntrica e centralizadora, governou a Venezuela, país rico em petróleo, mas pobre nos indicadores sociais e de renda e com elevadas taxas de inflação (acima de 20%), dados antigos e que ele não foi capaz de mudar ao longo dos mais de 10 anos que esteve no poder. Mas sendo capaz de um feito histórico, o único “morto-vivo” a comandar um governo durante tanto tempo, foram mais de 60 dias, sem uma notícia, sem um vídeo, sem um pronunciamento, apenas uma suposta “foto” no hospital... E um povo alienado esperando o milagre da ressurreição.   

A morte do Alexandre Magno Abrão (O Chorão) foi a menos relevante na mídia internacional, não terá quase ou nenhum impacto sobre os fatos socioeconômicos do país e deve apenas comover um punhado de fãs e apreciadores de sua música, belas composições e letras precisas, cravadas (muito impactantes na minha adolescência). Entretanto foi a morte mais honesta de todas, foi clara e sem rodeios, foi “overdose”!

Sou contra as drogas e uso de qualquer tipo de entorpecentes, mas não podemos negar que o Chorão não iludiu pessoas ao se passar por um líder que não foi, prometendo e não cumprindo, ou simplesmente perpetuando a sua vida enquanto já estava morto! Alexandre foi Grande e honesto até quando morreu, fazendo jus ao Cazuza “meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder”...

E qual é a sua ideologia? Qual é aquela que você quer para viver? Idolatrar um líder e ser a favor de uma ditadura “maquiada” para o povo, mas em nome de um poder particular? Ser cúmplice das intervenções e ações que distorcem a economia e enfraquece as instituições em nome de uma “melhora” no bem-estar social, mas que acaba com a livre iniciativa e o individualismo gerador da liberdade humana... Qual o seu posicionamento, qual o seu questionamento, qual a sua opinião?

Como diz o poeta Caetano Veloso: “Neguinho compra 3 TVs de plasma, um carro GPS e acha que é feliz/ Neguinho também só quer saber de filme em shopping/ Nego abre banco, igreja, sauna, escola/ Talvez seja sua vez: Neguinho que eu falo é nós”

Oremos!

2 comentários:

  1. morto-vivo e agora um deus embalsamado!

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    1. Verdade Babidi! Obrigado pelo comentário, continue acompanhando todo o sábado um novo post. Abs

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