sábado, 19 de julho de 2014

Até Logo

Pessoal, infelizmente as novas atribuições do dia-a-dia não estão me permitindo alimentar o blog com novos artigo. Assim darei uma parada para organizar as coisas e breve retornarei.

Forte abraço a todos!


segunda-feira, 16 de junho de 2014

#acordabrasil

 1º Dia da copa do mundo no Brasil:



Uma abertura cinza, com uma cara de artificialidade, sem energia e muito longe da tão conhecida alegria brasileira. Dentro de campo, vitória da seleção brasileira. 

Na arquibancada gritos em coro de hostilização contra a presidente Dilma e a FIFA, mas na minha opinião o pior dessa abertura aconteceu no momento do "pontapé inicial", uma tremenda frustração, não pelo feito realizado pelo grande cientista Miguel Nicolelis e sua equipe, mas pela falta de atenção que deram ao grande feito do maior cientista brasileiro vivo. 

Isso é a grande síntese de um país em que os feitos e esforços são superados pelo fugaz e supérfluo, onde ou pelo menos nós próximos dias o "cérebro será literalmente substituído pela bola"!


#acordabrasil

terça-feira, 22 de abril de 2014

Defendendo a coerência

O economista Armínio Fraga, ex-presidente do BC, PhD em Economia pela Universidade de Princeton, ex-gestor da Soros Found e atual sócio da Gávea Investimentos que tem quase R$ 16 bilhões sobre gestão (responsabilidade dele, dinheiro de clientes), foi acusado de dizer que o "O salário mínimo está muito alto” em entrevista ao jornal Estado de São Paulo (link’s no final da página), não se preocupe, tentarei fazer um texto curto, pois como nossa produtividade é muito elevada (vide The Economist), o trabalhador brasileiro não terá tempo para ler por inteiro.

Vamos as coerências. A palavra “salário” aparece 5 vezes na entrevista do Armínio, vou transcrever aqui para os que não leram, apenas reproduziram a reprodução da ignorância:

“ESP: O que fazer com a política do salário mínimo, que começa a ser revista no início de 2015?”

A. Fraga: “É outro tema que precisa ser discutido. O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalhoA política do salário mínimo tem tido impactos relevantes. É um tema muito complexo e polêmico. Não tenho uma receita pronta. Estou prestando uma assessoria ao senador Aécio Neves, mas não estou entrando neste nível de detalhe. Outras perguntas que chegam com frequência é sobre como fazer a reforma tributária, o que fazer com as desonerações, o que fazer com os preços congelados - vão liberar de uma vez, vão fazer gradualmente? São questões da maior importância. Quem assumir o governo vai ter de pensar em tudo isso. Mas o tema é polêmico. Eu gosto muito de analisar as coisas antes de emitir uma opinião. É opinião antiga, de gente que faz conta, que o vínculo do salário mínimo com a previdência tem um custo. Como ocorre em todos os outros temas, é preciso pensar em custos e benefícios. Nesse ponto, entramos no terreno da política, onde não me sinto à vontade para entrar, especialmente neste momento. É fácil ser mal interpretado.

Pois é Armínio, além de ser mal interpretado, você não foi nem interpretado. Não precisar ser um gênio ou PhD em economia para saber que existe um descompasso entre a política de remuneração dos salário mínimo e sua produtividade no Brasil, pois o salário meus amigos é um “preço” é o custo da força de trabalho, que deve ser balizado por sua produtividade, que cresceu muito pouco. Ficando quase estagnada nos últimos anos (vide artigos anexos). Então, porque os salários crescem, pela metodologia que hoje ele possui que não é ruim (na minha visão), mas que gera indexação, o grande problema é: Se você eleva o preço de um produto e está a cada ano consumindo menos ou a mesma quantidade dele, você acha que está sendo lesado ou não?

Pois é, o Fraga disse apenas que não é possível ser um país com baixa produtividade pagando remunerações acima dela, não por que ele deseja que o Brasil quebre ou que todo mundo fique pobre, pelo contrário (ele é empresário hoje), é porque se isso não for ajustado em algum momento a economia paga pelos seus desequilíbrios e paga caro. Isso quer dizer que vamos reduzir o salário mínimo, não, mas vamos ter que aumentar a produtividade, e como fazer isso, na minha visão: “+ Educação, - Impostos, - Burrocracia”. Temos que transformar o Brasil em um país competitivo, com serviços e indústrias fortes (independente do câmbio), como é o agronegócio nacional.

Ainda para esclarecer, de que adianta salários maiores com inflação elevada, isso se chama ilusão monetária meus amigos, as pessoas em geral não fazem a conta do valor do salário real que é W/P = 1/ (1 + µ). Assim, salário em desajustes com a produtividade geram um desequilíbrio no mercado de trabalho, como o nosso está aquecido, um desequilíbrio maior ainda, o que gera efeitos sobre a oferta e demanda da economia (vide a “boca de jacaré” entre oferta e demanda no relatório do JP Morgan), o que por sua vez produz efeitos inflacionários.

Enfim, não irei mais estender o assunto, apenas mostrar para os amigos economistas ou não, que o preço do salário não é uma variável arbitraria, tudo tem um custo e um porque. Claro que gostaria de ganhar mais e ter uma renda no Brasil (US$ 12 mil por ano) igual a Alemanha (US$ 44 mil por ano), segundo o FMI (2011), adoraria, mas isso se conquista com mudanças, eficiência e muito trabalho.   

Obs: Leiam a entrevista do Armínio Fraga na íntegra e se acharem alguma incoerência, favor escreva um artigo e mande para o Ministério da Fazenda com Att: Senhor Ministro!

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Link’s:






sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ben, o maior cabo eleitoral da Dilma!


Essa semana a economia brasileira ganhou um presente de natal antecipado! O tão famoso tapering, a redução dos estímulos a economia dos EUA realizado pelo FED (banco central norte-americano) vai ficar para 2014 e ainda mais, será feito de maneira gradual e suave.Assim o presidente do FED Ben Bernanke animou os mercados financeiros, dissipou grande parte das incertezas e de rebate pode ter dissipado a tão falada “tempestade perfeita” e nesse quesito especificamente o Ben fez um “bem danado” para a gestão econômica do atual governo.

Na minha visão o mercado ganhou um pouco mais de previsibilidade diante da incerteza monumental que pairava nos mercados ao até quarta-feira dia 18/12, pois os modelos estavam calibrados para uma maior desvalorização cambial, diminuição da liquidez internacional de forma mais acentuada e uma reversão do fluxo de capitais que poderia fazer a equipe econômica adotar medidas mais duras para “estancar os problemas”

Mas, as coisas mudaram, e mudaram para melhor, pelo menos em 2014 (acredito eu). Assim, o ano de copa do mundo e eleições pode ser um ano mais verde e amarelo e menos cinza como estávamos pensando, entretanto não podemos descuidar dos perigos conjunturais: situação fiscal de deteriorando, taxa de investimento baixa, inflação acima da meta, conta corrente em déficit crescente, taxa de câmbio desconfortavelmente desajustada, elevada intervenção estatal na economia, bolha imobiliária (dizem...), riscos regulatórios e outros (risco político, quem sabe)! Isso para não falar das graves questões estruturais que não serão resolvidas no curto prazo.

E no longo prazo, no longo prazo isso realmente ninguém sabe, apenas fazemos suposições e votos! Assim, acredito e espero que 2014 seja muito melhor que 2013 e que possamos fazer um ano menos ufanista no futebol e mais propositivo na política, afinal os títulos mundiais da seleção brasileira não vão ampliar os leitos dos hospitais, nem melhorar o sistema educacional e muito menos diminuir a corrupção nessa terra!


 Frase de reflexão (economia e afins): as vezes a sorte acompanha quem acaba fazendo tudo errado, por um instante resolve, mas o problema sempre chega... 

sábado, 16 de novembro de 2013

Bom dia Brasileiro!

Feriadão é sinônimo de praia, churrasco, família, amigos, cervejinha e agora... CADEIA! Isso mesmo CADEIA! Ontem eu e minha geração tivemos o orgulho de presenciar a prisão de políticos e outros condenados pelo maior esquema de corrupção desse país. Não quero aqui julgar partidos, afinal respeito à história do PT (mesmo não concordando com suas práticas) no sentido da importância que o mesmo tem para o sistema democrático e o estado de direito, mas condeno veementemente a atitude incorreta de alguns dos seus principais líderes que foram condenados e presos.

Ministro Joaquim Barbosa o algoz dos mensaleiros 
O mais impressionante nessa história toda é que pessoas que até então tinha biografias intocáveis e marcadas pela luta contra o regime militar e pelos ditos ideais democráticas (eles dizem, mas não acredito muito), agora tem que conviver com a mácula da prisão no regime democrático. Literalmente os personagens do núcleo político do mensalão petista jogaram suas biografias autorizadas ou não, no “lixo”

O que ficará disso tudo, ao final de tão demorado processo e julgamento, será que ainda cabe recurso? Será que ainda viveremos as delongas dos “embargos infringentes”? Não sei, não sou especialista em direito. Mas o que acredito é que a cena simbólica dos políticos, ex-ministros e pessoas de poder econômico-financeiro indo para a prisão pode e deve ser um marco da moralidade no Brasil.

Assim o grande efeito positivo desse fato especifico (prisão dos mensaleiros) pode desencadear no país é uma melhora no ambiente institucional. Afinal, as pessoas não confiam nas instituições, existe um grave problema nesse aspecto que pode ser o fator causador da nossa corrupção e da violência endêmica que vive nossa sociedade, afinal a policia e o judiciário servem para que e para quem mesmo? Não para mim? Se pergunta o brasileiro quase todos os dias!

Enfim, não vou falar mais nada porque ainda estamos no feriadão e tenho que aproveitar muito, pois esse negócio de pensar e refletir cansa pra c$#¨ralh%¨#!  

   "A minha lógica não é a mesma do senhor. Eu não barateio crime de corrupção."
Joaquim Barbosa - STF