Lembrando os versos do poeta: “Quando eu chego em casa nada me
consola”, essa é sensação que tenho
quando observo mais de perto as ações da equipe econômica do governo federal da
era Dilma. Nessa semana na reunião dos BRIC’S a nossa ilustríssima senhora presidenta
Dilma Rousseff deu uma declaração que gerou grande mal-estar em todo o mercado financeiro
e fez os grandes economistas se revirarem no tumulo.
Disse a digníssima: "Eu não concordo com políticas de combate à
inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico. Até porque,
nós temos uma contraprova dada pela realidade; Nós vemos um baixo crescimento
no ano passado, e houve um aumento da inflação, porque teve um choque de oferta
devido à crise. Um dos fatores era externo", argumentou a presidenta.
Assim convido os senhores para fazer um
simples exercício de lógica. Se em 2012 o crescimento foi baixo (+0,9%), mas a
inflação foi alta, então quando o crescimento for alto a inflação será baixa,
pensa a presidenta. Mas a resposta está errada, segundo a teoria econômica,
quando o produto passar a se acelerar acima do seu potencial ou do pleno
emprego o mesmo pode gerar pressão sobre os preços.
Outro a fator que temos que levar em
consideração é o valor real do PIB que pode ser calculado simplesmente por (Y=y/P),
ou seja, ele é uma relação entre o PIB nominal e o índice de preços, assim
quanto mais à inflação cresce, menor será o produto real da economia, exemplo:
Se o produto nominal crescer 4%a.a. como espera o ministro Guido Mantega e seu
normal otimismo em estado de pletora, e se a inflação for de 6,5%, teremos um
PIB Real de 0,62%.
Não precisamos ser doutor, mestre ou
simplesmente graduado em Ciências Econômicas, como a presidenta, para entender
que a inflação é mais cruel com quem ela diz que é mais preocupada os “pobres”
do Brasil, o dragão da inflação corrói o poder de compra das pessoas, assim é
preciso mais unidades monetárias para se comprar o mesmo bem que se comprava
antes.
A história se repete, fica notório que o
país tem sido governado por uma “ideologia desenvolvimentista”, a mesma que
levou o Brasil à bancarrota no final dos anos 70 e 80, sendo ela o embrião do
nosso elevado endividamento e geradora de políticas culturalmente lenientes com
a inflação.